O jornal A Alvorada foi crescendo e com ele a equipe de funcionários e colaboradores, essa é a única foto publicada em que aparecem todos juntos. Não sei exatamente a data da foto, já que, segundo o pé de foto, alguns estão mortos.
E no texto “Alvorada por dentro” uma lista com os nomes dos trabalhadores naquele momento: Dario Nunes, Oswaldo, Pescadinha e Aldrovando Sant‘Anna.
Com o passar do tempo muitos foram os que trabalharam e colocaram o seu suor e o seu esforço para editar semanalmente o jornal, com quase nenhuma exceção nos seus 49 anos de edição.
Texto comentando os 15 anos vivendo de fazer um jornal semanal, e os bons números de venda nesse momento, aproximadamente 3.000 exemplares.
O texto conclui com o fato dos jornais aparecerem e desaparecerem com a mesma velocidade, era muito difícil manter um projeto ao longo do tempo.
A Alvorada seria publicada até o ano 1956, mas com alguns intervalos sem publicar, sobretudo por motivos políticos.
Basta dizer-se que a entrega desta folha, que percorre todos recantos da cidade de Pelotas, é feita por 2 pessoas, aos sabbados e domingos, respectivamente das 12 ás 21 horas e das 4 ás 14 horas Só no Fragata, Areal, Bôa-Vista, Cascata, Ramal, etc…
826 casas em Pelotas
1.124 no perímetro urbano
303 para o interior do estado
277 exemplares em permuta assidua com collegas semanarios das principaes localidades do Brasil
*Não incluimos nestes algarismos á distribuição feita ás instituições de interesse publico, de varios estados do paiz.
O jornal mudou várias vezes de endereço na sua trajetória, alguns endereços foram: Rua 3 de Fevereiro N. 558, Rua Santa Tecla N. 678 e e também na Rua Paysandú N. 628.
Um dos sonhos não alcançados foi o de fazer um jornal diário, mas o compromisso com o programa inicial e o pragmatismo de contar algo novo cada fim de semana para a comunidade negra, fizeram do semanário um dos mais longevos da história da imprensa negra brasileira.
Clichê publicado em recordação e homenagem aos antigos auxiliares da Alvorada. De pé estão Manoel Barcellos (Tirica), morto; Antenor Vieira, residindo actualmente no Rio de Janeiro; Oswaldo Guimarães da Silva, morto e Carlos Freitas. Sentados estão Dorval Belchiôr, (Dadá) Juvenal Penny e João Carvalho.