A Alvorada era dominical e poderia ser adquirida em bancas de jornal, barbearias, no Mercado Central ou por assinatura comodamente na sua casa por mil réis (Rs1$000).
Durval e Juvenal colocavam todo o seu empenho e esforço na publicação do jornal e isso fica evidente na leitura dos exemplares disponíveis online na Biblioteca Nacional do Brasil do Rio de Janeiro.
Publicar era caro, o custo do papel e da logística eram elevados. Por isso o preço do jornal não era barato, para a época valia o mesmo que um kilo de carne. Essa sempre foi uma das lutas e uma das reclamações insistentes dos editores: que as pessoas pagassem os exemplares.
Págame por favor
A Alvorada sempre insistia na importância de os leitores comprarem o seu exemplar ou pagarem a sua assinatura para ajudar a manter o jornal. Muitas pessoas liam o jornal emprestado, e isso era recriminado constantemente para tentar frustrar essa prática. Também eram comuns os que assinavam, recebiam o primeiro número e não faziam os pagamentos posteriores. Com o tempo eles criaram um espaço para os devedores, utilizando o escárnio como forma de intimidação para poderem cobrar.
AOS NOSSOS SUBSCRIPTORES
Rogamos o especial obsequio a todos os subscriptores atrazados deste periodico de virem saldar seus debitos já findos nesta redação, pois temos sérios compromissos a resolver com urgencia e não podemos dar andamento aos mesmos sem primeiramente contar com os vossos auxilios de algibeira…
Este obsequio extende-se tambem a muitos senhores que gostam de ter o jornal nos domingos para lêr, a tempo e a hora, e desgostam de, no fim do mez, cuspirem com os nicoldus correspondente á assignatura vencida.
– Paguem. mocinhos bonitos e não bufem !
pois, do contrario, não terão mais o jornal e ainda por cima sahirão no nosso quadro negro.