A FNP reforçava a importância da educação para superar a situação de inferioridade. Só a educação liberta, afirmavam os seus fundadores.
A HORA DA RAÇA era um momento para a conscientização racial e reivindicação de direitos. Organizavam palestras e discussões antes das festas e bailes nas associações negras vinculadas ao carnaval. Nas sessões comentavam a situação na cidade, liam cartas de apoio, e recebiam alguma personalidade destacada da sociedade, que apresentava algum tema atual de interesse para o progresso dos irmãos de cor.
Alguma vez chegaram a manifestar um certo desconforto pela falta de atenção de parte do público, que conversava, ou se dispersava dando uma imagem negativa do público negro pelotense. José aspirava um comportamento educado, decoroso e formal por parte de todos. E, obviamente, total atenção as palavras dos convidados.
A Alvorada sempre foi utilizada como um espaço combativo e instrutivo. No recorte dessa página, as regras do concurso de contos José do Patrocínio, buscando novos escritores.
Na página ao lado uma capa de 1933 com o chamativo titular de «Proletários de todos os países, Uni-vos!». Um texto, que para muitos de hoje em dia seria considerado “comunista”.
Isso sem deixar de lado o espaço de comunicação das associações e organizações de festas, bailes, blocos, cordões, teatro, música, literatura, poesia, ciências, todos os aspectos possíveis para ilustrar a comunidade negra.