Um dos mais veementes críticos era o senhor Armando Vargas, respeitado colaborador, tipógrafo e diretor de jornais.
Um dos fundadores, foi o primeiro redator em 1907, e participa no grupo de pessoas que compra
A Alvorada em 1946. Era muito respeitado por todos e tinha um especial carinho pelo meu avô José, filho do senhor Juvenal. Mas algumas opiniões de Armando eram claramente machistas e hoje em dia seriam julgadas com outros olhos e argumentos.
Armando Vargas foi um personagem fundamental na história do semanário, com uma presença constante comparável a de Rodolpho Xavier. Cada um com a sua própria voz reivindicando e lutando pelo espaço do homem negro.
Escreveu várias colunas com diferentes nomes e assinou de diferente maneira durante todos os anos de publicação, Vargadas, Ultima Hora, Pedacinhos… que interessam, Horas Vagas, etc.
Armando Vargas depois de explicar a emancipação e a conquista ao voto na Europa, confessa que está em contra da participação da mulher na vida política, lamenta que ela deixará de ser o “anjo do lar” para ser um “combatente terrível”.
Logo saúda a criação da Legião Feminina dentro da Frente Negra Pelotense como uma grande ideia. A coisa não acaba aí, logo fala mal de Lampião e acaba falando mal dos feitiços, magias negras e umbandas.
Toda uma confissão do seu pensamento conservador, machista, cristão e alinhado com o pensamento oficial dominante.
Armando Vargas foi uma voz muito importante e respeitada dentro e fora d’A Alvorada, foi diretor de outros jornais e um profissional respeitado. E sem dúvida alguma parte fundamental da história do jornal.